sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

presente, futuro

Não é fácil se enxergar próxima do fim. Diferentemente de todos os anos da minha vida, as férias pareceram chegar assustadoramente mais rápido e as mudanças já começaram a dar as caras. O que aprendi durante toda minha estadia nessa cidade é algo que espero carregar sempre comigo. Confiança, paciência, flexibilidade, amizade... e todo o stress foi mais que bem compensado, assim como as noites em claro, todos os erros, todas as discussões que nunca levaram a nada.
Mas minhas descobertas não se limitaram apenas a esse meio. Hoje sei o que é sentir saudade daquilo que nunca tive, o que é gostar daquilo que nunca vi. E mesmo que isso gere dúvidas, medo, ciúme... é um detalhe da qual não consigo abrir mão. No final, todo o negativismo é superado.
Fujo de algumas datas, anseio por outras. Me deparo sempre com a incoerência de meus pensamentos. Conceitos já não são fixos para mim, uma vez que, a cada sorriso ou decepção, eles se transformam e meus sonhos, tão superficiais, tornaram-se minha única certeza; eu irei realizá-los.
E a menina racional foi substituída pela mulher empirista, que não dá a mínima se seus atos são loucos e inconsequentes a olhos alheios; agora eu quero experimentar, viver e de minhas experiências tirar minhas próprias conclusões.
Que venha a nova fase, não temo mais o desconhecido.


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Porque ele pediu :)

Amizade pode ser um termo equivocado quando se trata de duas pessoas que conversam há tão pouco tempo, mas com recursos como a internet é errado chamar isso de impossível. Quando tudo à minha volta já havia se tornado completamente rotineiro e familiar, resolvo me meter em um fórum que, com toda certeza, não era aquilo que estava acostumada a ver. Aos poucos fui fazendo parte desse novo mundo e, mesmo não pertencendo totalmente á ele, fui conhecendo novas pessoas, pegando mais afinidade com alguns e bla bla bla.
E entre muitos, um carioca viciado em mineirinho e mini goiabinha (e que tenho a leve desconfiança de que seja vidente) foi se destacando. Entre conversas no private e no skype pude conhecer um pouco mais daquele que se auto-intitula C. , com o pequeno detalhe de que ele sabe mais sobre mim do que eu sobre ele :S

Encerro esse post com uma pérola guardada em meu histórico, uma pérola que faço questão de colocar aqui. Por quê? Simples, porque essa é uma das minhas características preferidas em você, e antes de mais nada, eu gostei:

"Nos teus braços eu quero acordar,
após beijando teus lábios adormecer,
quero dizer "Nana, você mostrou a felicidade que um marinheiro tem ao ver o mar,
no que um jardineiro tem ao ver as flores que estão a crescer,
tudo isso com um simples beijo e com o abraço você acabou de tirar meu ar.

Quando digo que eu senti sua falta,
não é tanto quanto a primeira divisão sentiu falta da cruz-de-malta,
já que a saudade que sinto por você não tem comparação,
e para sempre você será a razão da minha inspiração."

PS: Daria um braço inteiro para ver sua cara agora facep/
e não se esqueça que a idéia foi sua rs.

domingo, 15 de novembro de 2009

se apaixonar é para os fracos

Admitir o fracasso não é uma tarefa fácil, mas quando se está prestes a enlouquecer isso se tona necessário. Se antes eu procurava seus olhos para poder sorrir, hoje fujo deles para não me machucar. E cada passo exige o máximo de cautela, para que, assim, que eu não caia novamente em suas armadilhas.
Já tenho consciência de que meus sonhos mais secretos estão na linha do impossível e de que minha lucidez depende do esquecimento destes mesmos sonhos. Na prática isso pode até ser difícil, mas eu já fui fraca uma vez deixando o amor me pegar, não serei novamente deixando que ele permaneça em mim.
Agora, isso virou uma questão de honra.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Reforma

Dizem que quando uma pessoa quer mudar, ela começa pelo cabelo. Eu preferi começar pelo meu blog, o que necessariamente não significa que eu tenha deixado os planos pro meu cabelo de lado. Acho que agora sim isso está a minha cara, com uma foto bem grande de umas das coisas que eu mais amo e cores que me fazem lembrar o ambiente rústico no qual eu vivia.
Fases, de acordo com minha definição, são aquelas que vem para mudar sua vida e desaparecem para dar lugar á uma nova tão rápido quanto vieram. Só neste ano passei por centenas delas e tenho certeza que esta já está chegando ao fim. Talvez seja Deus me dando mais uma chance de recomeçar e de ser feliz ao lado de quem realmente pode me proporcionar isso. Ele exista ou não, essa é a oportunidade para eu me destacar. Aprender um novo idioma fora o inglês, voltar a praticar futsal e quem sabe handball, voltar a andar a cavalo com frequência, deixar a distância cicatrizar feridas há muito tempo abertas e quem sabe, recuperar o meu verdadeiro sorriso.
Numa aula de literatura, sobre Bocage, percebi o quanto anseio pela 'filosofia' árcade e o quanto a subjetividade está me matando. Seria bem mais fácil se amor fosse apenas uma busca racional de alguém para compartilhar a vida. Mas ao invés disso ele é a idealização, o desespero e a ânsia por uma pessoa. Chega a ser irônico, tantas frutas em liquidação e você quer justo aquela que está completamente fora de época e tão difícil de se conseguir.
Aprendi que, para não morrermos afogados, temos que deixar a corrente nos levar e ir nadando para as bordas (e aprendi da pior maneira, acreditem), então pra que continuar lutando contra a corrente? É impossível ganhar de algo que é tão mais forte do que nós, logo ter força não adianta mais de nada. Apenas abrirei os braços e abraçarei o destino.
- Seja o que Deus quiser.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nascente

Assim como a água, são as respostas...

Primeiramente porque ambas são essenciais para a vida. Segundo, porque quanto mais tentamos agarrá-las, mais elas nos escapam por entre os dedos. E por fim, porque assim como a água pura, as respostas verdadeiras são cada vez mais raras e preciosas.

E neste momento a minha sede é enlouquecedora.

Por qual razão vivemos? Existe vida após a morte, ressureição ou... Deus? Quando exatamente se extinguirá a humanidade? O que aconteceu com os Maias? Como os egípcios construíam as pirâmides ou onde fica escondida a tumba da Cleópatra? Existem mesmo E.Ts? É possível inventar a máquina do tempo? Por que sofremos tanto? Os animais tem sentimentos? O que Hitler pensou antes de se matar? Onde estão as milhares de pessoas desaparecidas no mundo inteiro? Houve mesmo a guerra de Tróia? Algum dia a humanidade será igualitária e livre de preconceitos? Quando será a próxima crise? Qual será a primeira cidade inundada devido o aquecimento global ou qual espécie desaparecerá primeiro? Será que ganharemos o hexa ano que vem? Por que algumas pessoas são tão grosseiras? Por que algumas amizades só existem graças á SUA consideração? Com quem estão os pertences dos meus tatatatataravós? Conseguirei ser uma jornalista de sucesso? Realizarei o sonho de ser motivo de orgulho pro papai ou á todos aqueles que acreditam em mim? Viajarei pra tão querida República Tcheca? Comerei neve ao menos uma vez na vida? O Palmeiras será campeão do Brasileirão? Um dia, todos descobrirão o que a igreja católica esconde em sua biblioteca milenar? Vai chover amanhã? ELE finalmente vai me notar? Quando eu for embora, sentirão saudades? Será que a prova de amanhã estará difícil? e bla bla bla ... ?

Mas, assim como a água precisa ser colocada em um recipiente para que possamos bebê-la, as respostas precisam de uma base para serem alcançadas. E nesse momento eu só preciso do recipiente certo e de uma nascente inteira, então quem sabe saciarei parte da minha sede.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um título? Dê você mesmo...

Hoje o ser humano se mostrou mais frágil do que eu imaginava. E as coisas que pensamos serem improváveis de acontecer (ou ás vezes que nem pensamos), acontecem. E de uma coisa eu tenho certeza, aquela aula de física vai ficar na memória de todos para sempre.

Você já disse hoje aos seus pais que os ama? Ou á aquele amigo o quanto ele é especial? A vida coloca cada um de nós em situações difíceis... ora como protagonista, ora como um inútil observador. E ver um amigo sofrendo sem poder fazer nada, é uma tortura que não se mede em palavras.

O medo de perder, a angústia de ver um corpo se contorcendo no chão, o choro desesperado de uma mãe e, depois de tudo, o silêncio fúnebre... tudo tão de repente. E isso só me faz acreditar ainda mais que não somos NADA! Porque não damos valor ás coisas, ás pessoas, quando ainda temos esse privilégio? Porque temos medo de correr atrás de algum sonho se logo tudo isso vai acabar e não importará mais o que você fez ou não? Aproveite, sorria, divirta-se com seus amigos, dê atenção á sua família e dê sempre amor á quem você ama... Porque ás vezes a vida nos mostra do que ela é capaz e aí, não há nada que possamos fazer para impedir.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

12 de outubro

Eu costumava dizer ao meu pai que o mundo seria muito diferente se fosse governado por crianças e ele sempre concordava comigo. Aliás, por que discordaria? Se alguém perguntar á uma criança como ela acabaria com a fome, provavelmente ela responderá que daria comida ás pessoas que precisam. Agora se perguntar á um adulto ele apresentaria mil e uma soluções utópicas ou criaria "bolsas famílias" e fingiria que está tudo bem.

Esse dia das crianças me fez sentir saudades de quando minha única preocupação era se brincaria com minha vizinha á tarde ou se minha mãe me deixaria finalmente nadar na piscina grande (uahsuas, ela demorou um tempão pra isso... mamãe coruja). Eu jurava a mim mesma que nunca deixaria de ser criança, pelo menos por dentro. Mas hoje vejo que, mais cedo ou mais tarde, o mundo nos obriga a "amadurecer". E quando o bebêzinho da família começar a perceber que a cura para as doenças muitas vezes não aparecem para não levar as indústrias farmacêuticas à falência, então tenha certeza, ele amadureceu também.

Por mais confuso que esse post esteja, ele se resume em mostrar a inocência e o quão pura é uma criança. Ela não entende porque existem pessoas muito pobres e outras muito ricas, ela não sabe explicar porque gente mata gente e nem porque os adultos trabalham o tempo todo. O mundo de uma criança é mais colorido do que nossas breves recordações da infância nos permite imaginar. É mais simples do que amarrar os sapatos e mais divertido do que um milhão de viagens com os amigos.

É uma pena ver meninos e meninas vendendo balas em faróis ou apresentando números de malabarismo. É triste ligar a televisão e descobrir que jogaram uma criança do sexto andar ou que existe mais um pedófilo no mundo.

Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

o que ficou pra trás

"porque quem inventou a distância não sabia o que era saudade"

Saudade de uma tarde inteira no clube;
Saudade do som de uma cachoeira e da água gelada de uma nascente;
Saudade de um treino de futsal e de handball;
Saudade do galope de um cavalo e do cabelo chicoteando seu rosto com o vento;
Saudade de competições de judô;
Saudade das medalhas;
Saudade da velha escola e dos velhos professores;
Saudade de quando saudade não era uma palavra no meu vocabulário;
Saudade de quem eu tinha;
Saudade de quem eu era.

E nada faz sentido quando não se vive o que se quer. Preciso dizer que estou sem sentido agora?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma pausa literária

Alguns autores realmente não tem coração. Ou talvez tenham coração de mais. Depois de tantos livros que terminaram em lágrimas incrédulas, como se já não me bastassem, acabei de ler mais um. A menina que roubava livros a princípio me pareceu mais um daqueles livros de superação pós-guerra. Mas não, aliás, está bem longe disso.
UM AVISO
Para quem não leu, está lendo ou, por qualquer que seja o motivo, não quer saber agora o final da roubadora de livros, é com grande pesar que os aconselho: não leiam o restante desse post.
Desde o começo acompanhei a história de Liesel Meminger com o seguinte pensamento: "Ela já havia perdido o irmão, nunca mais veria a mãe e nem chegou a conhecer o pai, que era comunista. O que mais pode acontecer com aquela menina?". Garanto a todos que foi um erro. Na medida que me aproximava das páginas finais a Morte ia dando seus avisos; com antecedência nós, leitores, soubemos da morte de Rudy e, em seguida, de todos os habitantes da Rua Himmel. Um final feliz já não era minha expectativa.
Apesar de tudo nunca poderia imaginar minha reação. Depois de O diário de Anne Frank e O caçador de pipas jurei a mim mesma que os livros nunca mais me rancariam uma lágrima sequer. Mas minha promessa foi quebrada contra minha vontade. Sou muito ridícula por ter chorado no final? Quem já leu talvez responda que não, afinal, vocês tem que concordar, aquela menina sofreu de mais.
Então resolvi fazer uma ponte entre A menina que roubava livros, O diário de Anne Frank e O caçador de pipas. Acabei descobrindo que os três se tratavam da mesma coisa: guerras.
UM PEQUENO COMENTÁRIO
Eu, mais do que nunca, odeio guerras.
Liesel pode ser apenas uma personagem inventada, ao contrário de Anne, mas na segunda guerra, quantas Liesels não existiram? E no Afeganistão? Quantos Amirs e Hassans vivem por lá?
E então, depois de refletir um pouco, percebi que os autores não são sem coração ou sentimentais de mais... eles são realistas! Não se comoveu? Eu tenho uma explicação para isso: estamos acostumados a ver as desgraças apenas pela TV. É um fato.
Agora, com toda a certeza do mundo, afirmo: a raça humana é hipócrita!
"UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA
Os seres humanos me assombram."

terça-feira, 18 de agosto de 2009

que comece a festa !

Depois do reinício de fato notei uma breve diferença e sinto que, finalmente, é pra melhor. Vejo as pessoas mais próximas, risos espontâneos mais frequentes e meus projetos, há tanto tempo estacionamos, mais uma vez em andamento.
Na escola, entre conversas paralelas e muuuito álcool gel (desculpe, eu tinha que comentar isso, rs), me sinto mais envolvida e minha preguiça parece ter finalmente me abandonado.
A rotina das tarefas continua sendo desanimadora, mas procuro pensar nelas como uma semente que logo me dará frutos. Os livros, como sempre, fazem parte do meu dia-a-dia, mas posso dizer que o número de páginas devoradas também tem aumentado.
E garanto a todos que esse meu pique repentino veio em boa hora, talvez um pouquinho tarde, mas não o suficiente pra me prejudicar. Aproveitarei o máximo disso até que o inevitável desânimo resolva dar as caras, mas não me entregarei a ele tão facilmente. Nunca me senti tão viva e não vou permitir que nada me faça ficar juntando poeira de novo. Como diz um amigo meu, que faço questão de mencionar, tudo é festa e essa, eu não deixarei que acabe!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Metamorfose

Talvez esse grande salto em minha vida seja insignificante aos olhos alheios. Pode levar algum tempo até que as pessoas de fato notem a diferença. O que eu mais quero agora é estar bem comigo mesma, e se isso significa rever alguns conceitos, eu o farei. Não tenho medo de mudar, pra ser sincera já faz algum tempo que quero isso, talvez eu tenha cansado de ser a medíocre lagarta.
Entrei no meu casulo. É preciso um momento solitário para que eu possa chegar a uma certeza. Peço, por favor, para que ninguém invada meu espaço. Hoje, mais do que nunca, ele é essencial.
Logo meu casulo se romperá e dele sairá uma linda borboleta. De asas grandes e escuras com desenhos azuis por toda a parte. E então, finalmente, poderei sentir o cheiro da verdadeira felicidade, um cheiro capaz arder os pulmões e despertar a mais adormecida sensação. A verei, tão distante, sorrindo pra mim. Voarei em seu encontro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

" RINDO SE CASTIGA MAIS "

Seja qual for o motivo, sempre que alguma coisa dá errado recorremos às lágrimas. Sejam elas abafadas pelo travesseiro ou acompanhadas de soluços.
Mas então, de repente, elas começam a cair com mais frequência. Por quê??? Talvez porque mais coisas dêem errado, mais sonhos correm para longe e quem sabe mais quantos motivos.
E o que fazer?? Continuar fugindo para um canto e chorar sempre que as coisas não são como você queria?? Chegar na sua casa depois de uma manhã cansativa na escola e se trancar no quarto para esquecer do mundo?? Sair de final de semana com os amigos e encher a cara para afogar as mágoas?? Enfim, fugir dos problemas como o diabo foge da cruz?
Acho que não...

Depois de um tempo, pegamos ódio das pessoas que nos fizeram sofrer tanto.
Imaginamos um milhão de maneiras perversas de nos vingarmos de cada um. Mas nada como uma boa aula de literatura para apontar o caminho. Talvez o melhor deles...
Foi em um dia sem graça, até então, que um professor entrou na sala e escreveu na lousa:
"Rindo se castiga mais"
Então tudo ficou muito claro.

Eu podia me vingar das formas mais cruéis possíveis. Causar o mais irreversível dos traumas. Mas pra que ser tão baixa quanto meu oponente quando eu posso ser melhor, superior??
Foi naquele dia, naquela aula, naquele momento... que eu percebi que a maior das vinganças estava na minha face, esperando o momento certo de aparecer.
Então pra você, caro "amigo", dou o meu mais ilustre sorriso. Porque seu veneno não me atingiu e suas palavras não me abalaram. Ah! E obrigada... porque a cada vez que você me derrubava eu levantava mais forte. Graças a você, hoje sou imune a uma coisa chamada inveja.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

B A C K

Faltam apenas uma semana para que minha velha rotina recomece.
Já estava me acostumando a dormir a hora que eu quisesse e a tomar café-da-manhã na hora do almoço. Sentirei falta disso.
Mas o que me deixa mais frustrada não é o simples fato das aulas se aproximarem, mas o fato delas estarem cada vez mais próximas sem que eu tenha feito a metade do que pretendia fazer.
É como nos finais de ano, as pessoas traçam metas para que o novo ano que começa seja melhor que o anterior, mas a maioria desiste logo no mês de Janeiro.

Já me disseram que depois das férias as pessoas voltam diferentes e eu realmente espero que isso seja verdade. Talvez porque eu não quero ser a única diferente na escola. Continuarei sendo a mesma Mariana de sempre (alguns gostem ou não), porém com novos valores e novas perspectivas. Pra falar a verdade voltarei a ser a mesma Mariana de sempre. Porque sinto que desde que mudei de cidade eu não sou mais a mesma. De fato, ninguém realmente me conhece. E isso é triste, muito triste.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Remetente: Mah / Destinatário: você

Cara,
você apareceu na minha vida assim, de repente.
Me apeguei a você, confiei em você e, quando menos percebi, estava amando.
Aos poucos as pessoas foram descobrindo, já não dava mais pra disfarçar... até que meus sentimentos chegaram aos seus ouvidos. Então tudo mudou...
A amizade ficou estranha, eu já não podia te abraçar porque todos já achavam que eu estava me atirando em seus braços, inclusive você.
Algumas pessoas tentaram me ajudar, mas de nada adiantava, pra você o que realmente valia era nossa amizade. "Porque somos amigos", dizia.
Mentiroso, mesmo que eu te esquecesse nunca mais seríamos os mesmos.

Sempre fui bem calculista, planejava meu futuro com precisão e muitas vezes isso te incluía.
Talvez esse seja o motivo de eu andar tão mal nos últimos tempos. Eu sonhava, imaginava coisas que nunca se concretizavam. Tudo sempre dava errado.
Mas uma amiga, certa vez, me abriu os olhos. "Máh, para de tentar adivinhar o futuro. Deixa as coisas acontecerem!"

Se você quer só amizade, então não seremos mais que bons amigos. Só me dê uma chance de provar isso a você, e então nunca mais me desesperarei quando você sumir nem sentirei mais ciúme das "suas garotas".

Hoje, te faço uma proposta: vamos voltar a ser o que éramos antes?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

sem paciência para título

As coisas se tornaram mais estranhas do que eu imaginava. As dores mais fortes do que eu consigo suportar. As lágrimas mais frequentes e as perguntas mais indecifráveis. O mundo virou um quebra-cabeça de mil peças e ainda não encontrei nenhuma peça que se encaixe.
A minha sina é tentar entender as coisas que me cercam e minha rotina é sempre fracassar nessa tarefa. Por mais que eu tente, tudo é tão impossível...
Não sei por quanto tempo isso vai durar, mas espero que não passe muito disso, não quero esgotar de uma vez só meu estoque de lágrimas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

sem chance

De repente o conto de fadas acabou e o final feliz foi ficando mais distante. Meus sonhos foram desprezados sem justificativas. Minha esperança foi esmagada sem piedade alguma. Minha voz foi sufocada por alguma força que já não sei explicar qual é.
Como um golpe a verdade acertou meu peito e abalou minha consciência. Destruiu em poucos minutos a coragem e a determinação que eu levei séculos para adquirir.
Acordei de um transe, tirei as vendas de meus olhos e então eu percebi que tudo o que eu enxergava era uma ilusão. Eu queria tanto que fosse real que na minha cabeça aquilo passou de fato a existir. Na minha cabeça... só lá. Porque foi nesse momento que as pessoas começaram a falar.

Sem motivo algum todos jogaram na minha cara a porcaria da verdade. Destruiram o irreal que me alimentava. A minha única fonte de satisfação. Destruiram minhas idéias.
E agora eu sigo assim: irritada em saber que o mundo não tem mais chance... muito menos eu.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

quando nossas palavras já não dizem mais nada, deixamos os poetas falarem por nós.

"a noite - enorme
tudo dorme
menos teu nome"
Paulo Leminski

"Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"
Machado de Assis

"Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá."
Carlos Drummond de Andrade

"A amizade é um amor que nunca morre."
Mário Quintana

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto..."
William Shakespeare

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O L H A R E S ...


...que me perseguem diariamente. E no meio de olhos curiosos, indiferentes, críticos e amigáveis eu vejo os seus, indecifráveis. É nessa hora em que nos encontramos, inconscientemente, um com o outro.

O jogo de encarar é muito mais complexo do que deveria ser em situações como essa. A gente se pergunta o que ele está pensando, sentindo e até mesmo porque fica olhando tanto. É como se houvesse um imã que me atrai e quando eu menos espero lá estamos nós de novo, naquela situação que consegue ser tão desconfortável e boa ao mesmo tempo.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Tudo misturado

Quando achamos que sabemos de tudo, logo descobrimos que não sabemos de nada.
Eu tinha certeza sobre tantas coisas, mas tudo veio á tona novamente e ás vezes me pego fazendo as mesmas perguntas de tempos atrás.
Não há o que fazer com relação a isso. O melhor é tentar "separar" tudo de novo e descobrir onde foi que eu errei.
;\

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Como disse o rei...

..."se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."

Porque não damos o devido valor aos momentos quando eles ainda estão acontecendo? Me fiz essa pergunta enquanto olhava umas fotos antigas. O tempo passa tão depressa e leva tudo, deixando apenas saudade! Muitas vezes também deixa arrependimentos, mas águas passadas não movem moinhos, bola pra frente, pois o mesmo tempo que nos distancia dos bons momentos também nos afasta dos maus e cicatriza qualquer ferida. Cicatriza feridas...

Pois eu espero esse tempo pacientemente, com um corte aberto em meu peito. Pois descobri que aquela frase é verdadeira "se arrependimento matasse..." O arrependimento nos mata por dentro, principalmente quando paramos e pensamos "Puts! Ele tem toda a razão de estar assim."

É engraçado como é natural do ser humano agir conforme as emoções. Mesmo depois de bilhões de anos de evolução ainda não conseguimos mudar o hábito de agir impulsivamente. Um animal tão racional que se comporta como uma anta de vez em quando. Aff... ainda podemos chamar de racional um ser que destrói o planeta, os outros animais, os outros homens e até a si mesmo????? Acho que é por isso que existe o ditado "errar é humano", exatamente porque sabemos que errar é de nossa natureza.

A frase de Roberto Carlos cabe perfeitamente á ocasião, já que ela nos faz pensar que não adianta ficar chorando de arrependimentos se o tempo vai apagar tudo depois. As emoções que nosso ato nos proporcionou é o que realmente devem ser guardadas... o erro já foi cometido, não há o que mudar... então porque não guardar a parte boa?

Um dia eu olharei fotos antigas novamente... fotos que retratarão o meu hoje e, pra variar, sentirei saudades... Darei pouca importância pros erros cometidos, passado é passado, e lembrarei das coisas boas que passei... Por isso não importa se eu chorei o se eu sorri, o importante é que emoções eu vivi!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ao acaso...

...visitei o blog de uma amiga. Gostei e resolvi tentar fazer, pela milésima vez, o meu. Não sei se essa vontade repentina será a mesma daqui alguns dias, maaaaaaaas...

Sou uma pessoa que reflete muito nas coisas do dia-a-dia, talvez um pouquinho sentimental, mas sempre com os pés no chão. Não precisam necessariamente achar tudo que eu escrevo o máximo e nem tudo o que eu penso correto, eu só queria poder libertar, de alguma forma, esse turbilhão de pensamentos e idéias que toma conta de mim de vez em quando.
O mundo está mais estranho a cada dia, ás vezes é necessário desligar-se por um minuto. Um lugar virtual, novo, que a gente molda como bem entende talvez seja a válvula de escape para tudo isso.